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segunda-feira, setembro 27, 2004



mecanicamente desenham-se madrugadas no interior da boca
aceleram-se sons, tiram o sentido aos lábios
são fendas a imitar a vida

por vezes dos soluços que saem do meu olhar formam-se cicatrizes
enchem-me os olhos com a humidade do sal

memorias paradas num olhar cansado

descesse o repouso ao amargo dos olhos
e num instante as estrelas afogavam-se
no interior das pálpebras


eue