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quinta-feira, agosto 31, 2006

da minha janela vê-se uma espécie muito rara de angústia
tem o corpo que não ousei que me fosse
usa o amor como se fosse a origem da sede
e sossega-se contra o peito da alvorada

da minha janela vê-se uma espécie única de medo
chama-se eu mas diz-se tu
e por vezes nós quando prende a vida
a algo tão falível como a vida

da minha janela não se vê mais nada
ouve-se o silêncio contra mim
e chove morte contra os vidros
por dentro como soa o fim


Pedro Sena-Lino


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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

...e este requintado olhar que dói de subtileza...este dizer exacto da flôr mais fina dos sentidos...merece o aplauso que só é devido a quem define o recorte límpido da diferença. Obrigado!

31/8/06 22:08  
Blogger miguel. said...

Gosto mesmo muito deste poema do Pedro Sena-Lino...

e gosto muito deste "espaço"

:)

31/8/06 22:39  
Blogger lebredoarrozal said...

o poema é fabuloso:)
a dona deste "espaço" agradece os elogios:)

31/8/06 23:38  

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